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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MÁQUINA DO TEMPO

Máquina do tempo

A minha especialidade...
É sorrir estando triste,
Pra você ficar pensando
Que a minha alegria existe,
Mas se eu fosse um modernista
Em máquina um especialista,
O mundo estava em perigo!
Acabava o sofrimento...
Criando um equipamento
Pra ter você comigo.

Uma máquina do tempo
Se eu pudesse construir,
Eu tenho plena certeza
Todo dia, iria rir...
Pois quando houvesse um impasse,
Ou quando triste eu ficasse,
“Entre pedras e espinhos”...
Ligava o equipamento...
Voltando a qualquer momento,
Que estivemos juntinhos.

Se eu controlasse o TEMPO
Como em filme pude ver,
Com um controle remoto
Podendo RETROCEDER,
AVANÇAR, PARALISAR,
Dar PLAY e depois VOLTAR,
Talvez fizesse um regaço!
Paralisava a nação,
E só apertava o botão
Quando te desse um abraço.

Se eu fosse um astronauta
Nos espaços siderais
Viajando entre as estrelas
Que brilham como cristais
Chegaria à conclusão
Que nem a constelação,
Nem mesmo a luz do luar
Possuem teu cromossomo,
Tem brilho, mas não é como,
O brilho do teu olhar.

Amanhã eu estarei...
Palmilhando esta jornada
Com rugas, meio grisalho,
E a matéria cansada...
Talvez eu te bisbilhote
Olhe o teu semblante e note,
Que o brilho modificou,
E por mais que o tempo passe
Volto à “fita” e vejo a face
De quem tanto me inspirou.

Como uma máquina do tempo
Meu pensamento poético
Viajara pelas eras...
Como um raio cibernético...
Com quem eras, te assemelho,
E tu, olhando um espelho,
Fitando a própria feição...
Lembrando aquilo que eras
Quando as tuas primaveras
Reinavam, em pleno verão.

A beleza a terra come
E a velhice, a transfigura
Mas se estiveres comigo,
Toda a tua formosura...
Eu guardarei na lembrança
Pois como o tempo não cansa
Passa e a gente nem vê...
Eu te direi: - Tenha calma,
Formosa mesmo é a alma
Que esta dentro de você.

Na mesma máquina do tempo
Eu hei de te convidar,
Somente para nós dois
Dentro dela, viajar...
A máquina? São os pensamentos,
Trazendo a mente momentos
Que já vivemos querida...
Se me deixares sozinho?
Andarei neste caminho...
Perdido, pra toda vida...

Rafael Neto
23/08/2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fotos ...

 CÍCERO GALVÃO E RAFAEL NETO EM CHORROCHÓ - BA
  CÍCERO GALVÃO E RAFAEL NETO EM CHORROCHÓ - BA
Essa aqui eu nem lembrava mais, é do tempo do meu estande cultural , a maior banquinha de cordel do estado de Alagoas e esse garotinho é meu fã, achei essa foto na net e decidir postar ... EM PIRANHAS AL (CENTRO DE ARTE E CULTURA / ESPAÇO OFICINA VIVA).

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Versos Diversos

Mocinha de Passira
Quem vem de raça de puta
não fala de rapariga
sua mãe é leviana
sua avó é quenga antiga
a sua filha ganha a feira
vendendo o pé da barriga
*
Amor é vinho servido
Em alva taça pequena
Quem bebe pouco quer mais
Quem bebe mais se envenena
Quem se envenena de amor
Morrendo Deus não condena.
*
A vida se inicia
Sob o ventre maternal
O filho se liga à mãe
No cordão umbilical
Nasce, cresce, vive e ama
Depois a morte lhe chama
Para a campa sepulcral.
 
Manoel Filó
Cantador pra enfrentar Manoel Filó
É preciso comer besouro assado
Dar pancadas com o gume do machado
Num angico que tem um sanharó
Se enrolar com uma cobra de cipó
Dar um chute num cão com hidrofobia
Mastigar na cabeça de uma jia
Se subir num coqueiro catolé
Se montar em Inácio Jacaré
E viajar três semanas pra Bahia.
 
Louro Branco
O trovão estronda andando
Pelo firmamento infindo,
Céu de nuvens se cobrindo
Cascatas cantarolando,
O pirilampo voando
Em noites de escuridão,
Só parece um avião
Com a sinaleira acesa;
Tudo que há de beleza
Deus colocou no sertão.
 
Diniz Vitorino
E as abelhas pequenas, sempre mansas
Com as asas peludas e ronceiras
Vão em busca das pétalas das roseiras
Que se deitam no colo das ervanças
Com ferrões aguçados como lanças
Pelo cálix das flores bebem essência
E fazem mel que os mestres da Ciência
Com os séculos de estudo não fabricam
Porque livros da Terra não publicam
Os segredos reais da Providência.
 
José Lucas de Barros
A lua, barco risonho,
No seu posto ingênuo e belo,
Era o mimoso castelo
Da poesia e do sonho,
Um astronauta medonho
Lá chegou bastante cedo,
E, como no seu degredo
Esperava um trovador,
Ao ver um explorador
A lua tremeu de medo.
 
João Paraibano
O que mais me admira
É ver o sapo inocente
Que gosta de lama fria
Mas detesta a terra quente
Vendo da cobra o pescoço
Pinota dentro do poço
Pra se livrar da serpente.
 
Manoel Xudu
O homem que bem pensar
Não tira a vida de um grilo
A mata fica calada
O bosque fica intranqüilo
A lua fica chorosa
Por não poder mais ouvi-lo
 
Mariana Teles
O levantar da cabeça
É sempre a melhor saída
Passar por cima dos baques,
Molhar com pranto a ferida,
Sem cansar, nem pedir pausa,
Na queda se enxerga a causa
Dos recomeços da vida!
 
João Paraibano
Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto
Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer.
 
Mariana Teles
Toca a brisa da noite no portão
O cabelo se assanha com o vento
O balanço da rede em movimento
E um rádio tocando uma canção
A saudade arranhando um coração
E a duvida de um sempre, ou nunca mais
Uma lágrima caindo e o vento faz
Se espalhar pela face entristecida
Eu na rua buscando achar saída
Pra tristeza que a tua falta trás.
 
Faço um verso, misturo com aguardente
Um cinzeiro com as cinzas do veneno
Numa noite sem lua me enveneno
Por não ter o clarão do céu presente
O espelho espelhando em minha frente
A metade de um todo que foi nosso
Eu procuro não ver, mas tem um troço
Pra abrir os meus olhos quando fecho
Sem ter sono, inquieta me remexo
Que dormir sem você ,sei que não posso.
 
Vem o vento, tocar-me bem mais forte
O relógio passando sem medida
Ao meu lado, um copo de bebida
Refletindo o futuro : que é a morte …
Nele afogo o desgosto, já que a sorte
Resolveu repartir nossa união
Te guiando pra outra direção
E deixando meus olhos sem os teus…
De lembrança ,restou o teu adeus
E a saudade entupindo o coração.
* * *
João Lourenço
Eu já passei tanta coisa
Que na vida nem pensava
Pra minha felicidade
A mulher que eu procurava
Deus teve pena de mim
Mostrou aonde ela estava
* * *
Fenelon Dantas
O rádio é para se ouvir
E todo mundo entender
O telefone é melhor
Para a gente ouvir sem ver
No telefone eu namoro
Sem minha mulher saber.
 
Dimas Batista
Na vida material
cumpriu sagrado destino :
o Filho de Deus, divino,
nos deu gloria espiritual.
Deu o bem, tirou o mal,
livrando-nos da má sorte.
Padeceu suplicio forte,
como o maior dos heróis.
Morreu pra dar vida a nós :
A vida venceu a morte.
 
 

29º FESTIVAL DE REPENTISTAS DE PETROLINA

 REPORTER DA TV GRANDE RIO NATANAEL CORDEIRO E RAFAEL NETO
 ROGÉRIO MENEZES E IVANILDO VILA NOVA
 NATANAEL CORDEIRO E RAFAEL NETO
 SEBASTIÃO DA SILVA E RAFAEL NETO
FRANCINALDO OLIVEIRA, RAFAEL NETO E SILVIO GRANJEIRO
 RAFAEL NETO E IVANILDO VILA NOVA
 SILVIO GRANJEIRO E FRANCINALDO OLIVEIRA

 MAXIMINO BEZERRA RAFAEL NETO E RINALDO ALEIXO
 MAXIMINO BEZERRA E RINALDO ALEIXO


 NATANAEL CORDEIRO E RAFAEL NETO
 RAFAELNETO E NATANAEL CORDEIRO

 SEBASTIÃO DA SILVA E MOACIR LAURENTINO
RAIMUNDO CAETANO HIPOLITO MOURA E RAFAEL NETO

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

És um cristal de flanela

De tanto brilho e fofura.



Tu és linda como a neve

Quando do céu se desprende

Todo homem a ti se rende

Mas o que vê não descreve,

Nenhum poeta se atreve

Falar em tanta candura

E essa tua formosura

Não existe em passarela

És um cristal de flanela

De tanto brilho e fofura.



Eu nunca li um poema

Que contenha os teus perfis,

Nem achei nenhuma atriz

Que brilhe no teu cinema

Tua beleza é algema,

Que não prende e nem tortura

Mas só de passar segura,

Olhares imóveis nela

És um cristal de flanela

De tanto brilho e fofura.



Nenhuma estrela cadente

Possui a tua candura

Seu olhar leva a loucura

Qualquer coração carente,

Se algum pintor competente

For fazer tua pintura

Coitado, vai à loucura,

Morre e não termina a tela

És um cristal de flanela

De tanto brilho e fofura.

Autor : Rafael Neto

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Quando ela dorme

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Quando ela dorme



É a hora em que, na certa,

A proteção da coberta,

Corpo entregue ao abandono

Um lindo rosto pequeno

Traz o semblante sereno

De quem goza o justo sono.



Que tu dormes eu bem sei,

Já, até, te imaginei

Envolta em silêncio e paz...

Pressinto cada detalhe

Para os quais não há encalhe

Todos meu amos desfaz.



Teus dias são todos cheios

De afazeres, aperreios

E de loucas correrias,

Com a noite tu desmaias

E, entre sedas cambraias

Recobras as energias.



Nesse momento tão grato

Nada te mina o recato

Até que, do paraíso

Parte um sono impertinente

Pra vasculhar tua mente

E te roubar um sorriso.



Por ti sempre desprezado,

Eu permaneço acordado

Em meu recinto tristonho,

Enquanto o mundo me esquece,

Elevo aos céus uma prece,

Sonhando entrar no teu sonho!



E quando a dor mais aperta

Na madrugada deserta,

Pinta o céu sublime tela...

Eu olho, sem entendê-las,

Um turbilhão de estrelas

Entrando pela janela.



Sussurra o vento do outono,

Sigo a vigiar-te o sono,

Em doce entretenimento

Tu não vês indiferente

Sobre teu corpo dormente

Repousar meu pensamento!



Mesmo ao longe eu te vigio

Sobre teu leito macio,

Da madrugada deserta

Cada suspiro em teu sono

Corpo entregue ao abandono,

À proteção da coberta.



Quieto, te aguarda o sol,

O esplendor do arrebol,

Os corais sobre os abrolhos,

O mar, a selva sombria,

Tudo é luz sorri o dia

Quando tu abres os olhos.



São dois olhinhos pequenos

Num rosto terno e moreno

Singularmente incrustados...

Dois espelhos refletores

De meu mundo de temores

Dois astros do céu baixados! ...



Autor :  Mauro Ramalho




Tu és minha inspiração ...

Tu és minha inspiração ...

Procurei inspiração
No canto do rouxinol
E no céu alaranjado
Na hora do por do sol
E com naturalidade
Passeei pela cidade
No carro ouvindo um CD,
Vi flor, jardim e pomar,
E só conseguir me inspirar
Quando pensei em você.

Deus é artesão divino
Sem ter um ateliê,
Fez teu rosto tão macio
Como pele de bebê,
Vendo o teu corpo moldado
Meu olhar aprisionado
Dele virou um refém,
Que se eu prestar atenção
Capoto meu coração
Nas curvas que você tem.
 
Teu perfume é um exemplo
De essências com primores
O aroma do teu corpo
Causa ciúmes nas flores,
Sentir essências da França
Mas não achei semelhança
No teu cheiro natural
A Avon não questiona,
A Boticário não clona
E não existe outro igual.

Teu olhar e teu sorriso
Também me inspiram bastante
No teu sorriso eu enxergo
Uma alegria constante,
E vendo tanta beleza
Percebo uma incerteza,
No teu olhar de mulher,
O olhar sempre é sincero,
Esse meu diz: - Eu te quero
E o teu não diz, se me quer.
 
Tua voz é um calmante
Pras minhas crises de estresse
O teu sorriso me alegra,
O teu abraço me aquece,
A minha mente delira
Que o poeta só se inspira
Quando ouve o coração,
E o meu, só fala em você,
Só sou poeta porque,
Tu és minha inspiração.

25/07/2013
Rafael Neto.