Pai,
Me levanto e não ouço a sua voz
Me levanto e não ouço a sua voz
Os remédios me servem de calmantes
O destino virou o meu algoz
E o meu céu já não brilha como antes.
Os meus olhos chorosos e brilhantes
Os meus pés vacilantes rente ao chão
E os meus passos incertos e errantes
Sem você segurando a minha mão.
Mãe,
Ao lembrar a senhora num caixão
E em pensar no teu corpo decomposto
A saudade é tão grande no meu peito
Que escorre dos olhos pelo rosto.
Vida dura, cruel, cheia de medos,
Deus do céu é quem guia os passos meus
Tão precoce eu perdi meus dois tesouros,
Virei órfã de PAIS, mas não de DEUS.
AUTOR: RAFAEL NETO
16/03/2016
ESCRITO PARA A AMIGA PRISCILLA RAMOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário