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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O SABOR DA BOCA DELA.

Dia quatro, mês nove, uma segunda,
Dias antes do meu aniversário
Numa rua, sem graça, obsoleta,
Você embelezou o meu cenário,
Só as nuvens, a lua descuidada
E a cigalha poeira da calçada,
Foram as testemunhas desta cena,
Nossas bocas se envolveram nas carícias
E minhas mãos em situações propícias
Se aqueceram na pele da morena.

Fiquei como um menino que deseja
Raspar o chocolate da panela
Cheio d’água na boca a tempo estava
Doido para provar a boca dela
No calor dos abraços da beldade
Meio tenso, pois uma ansiedade,
Me deixou conturbado ali pensando
Duvidei do que estava acontecendo
E lhe pedir mesmo estando ouvindo e vendo,
Me belisque pra ver se estou sonhando.

Definir o sabor da boca dela
Talvez homem nenhum se submeta
Iguaria nenhuma deste mundo
Do mais fino cardápio do planeta
Pode se aproximar deste sabor
Nem pudim, nem manjar e nem licor,
Rapadura ou sorvete na tigela,
Queijo, mel, brigadeiro a mesa posto
É capaz de chegar perto do gosto
Da doçura que tem a boca dela.

 RAFAEL NETO 

 04/09/2017.

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