És um cristal de flanela
De tanto brilho e fofura.
Tu és linda como a neve
Quando do céu se desprende
Todo homem a ti se rende
Mas o que vê não descreve,
Nenhum poeta se atreve
Falar em tanta candura
E essa tua formosura
Não existe em passarela
És um cristal de flanela
De tanto brilho e fofura.
Eu nunca li um poema
Que contenha os teus perfis,
Nem achei nenhuma atriz
Que brilhe no teu cinema
Tua beleza é algema,
Que não prende e nem tortura
Mas só de passar segura,
Olhares imóveis nela
És um cristal de flanela
De tanto brilho e fofura.
Nenhuma estrela cadente
Possui a tua candura
Seu olhar leva a loucura
Qualquer coração carente,
Se algum pintor competente
For fazer tua pintura
Coitado, vai à loucura,
Morre e não termina a tela
És um cristal de flanela
De tanto brilho e fofura.
Autor : Rafael Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário